Desde os 7 anos, candidatos a cavaleiro aprendiam a ler e escrever – privilégio para poucos na Europa dos séculos X a XIV –, a se portar social e religiosamente, a cavalgar e a batalhar.
Só aos 21 anos, porém, eram aprovados ou não como cavaleiros. Geralmente vindos de famílias nobres, com tradição na cavalaria, os jovens treinavam pesado, mas tinham várias regalias em relação aos camponeses: eram bem alimentados, viviam nos castelos e tinham direito a comprar terrenos e a contratar soldados para defendê-los.
Juntamente com os privilégios, vinham importantes responsabilidades: para com os cristãos (incluindo defender o companheiro de guerra e proteger os pobres e indefesos), para com Deus (considerado até mais importante do que o senhor feudal que o sustentava) e para com as mulheres (o culto à Virgem Maria ganhava força na época, e as damas passaram a ser vistas como donzelas puras e dignas de receber toda cortesia).
O indicado pela família aos 7 anos, passava a viver dentro do castelo. Lá, aprendia com monges a catequese e rudimentos de escrita, treinava corrida e montaria e duelava com armas de madeira. Aos 14 anos, começava a ajudar o cavaleiro em tarefas como vestir a armadura e zelar pela segurança familiar. Nas batalhas, carregava as armas e socorria o cavaleiro se preciso. Aos 21 anos, o aprendiz que participou de várias batalhas, realizando feitos heroicos, recebia o título em uma cerimônia real. Se sobrevivesse a batalhas e se aposentasse, virava treinador.
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