domingo, 28 de outubro de 2012

Idade média


A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.

A Educação


A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam.  Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.
quem controlava a educação era o clero católico. No século IX, fudaram-se escolas junto as catedrais. Logo em seguida, vieram as universidades. Sendo que algumas delas são conhecidas até hoje, com exemplo: Oxford e Cambrigde. Mas em todas as faculdades da época , a influência da igreja era forte. As aulas eram ministradas em latim, e algumas das matérias de estudo eram: teologia ( filosofia),ciências, letras, direito e medicina.
 
O curso era composto pelo  triarium, nesta se ensinava gramática, retórica e lógica; o quadriarium, esta parte ensinava aritmética, geometria, astronomia e música.
No final do curso , os alunos já podiam se preparar profissionalmente nas “escolas de artes liberais”, ou continuar nas áreas d a medicina, direito ou teologia.
 
As universidades tinham vários privilégios como: ensinar seus graduados, insenção de impostos , insenção do serviço militar, além do direito de julgamento especial em foro acadêmico para seus membros. Estas vantagens eram sempre garantidas ou pelo imperador ou pelo Papa, que na época eram as maiores autoridades.




Arte Medieval



A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.
Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.
No campo da Filosofia, podemos destacar a escolástica (linha filosófica de base cristã), representada pelo padre dominicano, teólogo e filósofo italiano São Tomás de Aquino.

A Alimentacão



De uma maneira geral, a alimentação medieval era pobre, se comparada com os padrões modernos. A quantidade era superior à qualidade.
As duas refeições principais do dia eram o jantar e a ceia. Jantava-se, nos fins do século XIV, entre as dez e as onze horas da manhã. Ceava-se pelas seis ou sete horas da tarde.
O jantar era a refeição mais forte do dia. O número de pratos servidos andava, em média, pelos três, sem contar sopas, acompanhamentos ou sobremesas. Para os menos ricos, o número de pratos ao jantar podia descer para dois ou até um. À ceia, baixava para dois a média das iguarias tomadas. A base da alimentação dos ricos era a carne. Ao lado das carnes de matadouro ou carnes gordas - vaca, porco, carneiro, cabrito - consumia-se largamente caça e criação.
 O peixe situava-se também na base da alimentação , especialmente entre as classes menos abastadas, e durante os dias de jejum estipulados pela Igreja. Também se comia carne de baleia e de toninha, bem como mariscos e crustáceos. Ao lado do peixe fresco, a Idade Média fez grande uso de peixe seco salgado e defumado.
A fruta desempenhava papel de relevo nas dietas alimentares medievais. Conheciam-se praticamente todas as frutas que comemos hoje. Muitas eram autóctones, outras foram introduzidas pelos árabes. Apenas a laranja doce viria a ser trazida por Vasco da Gama, no século XV. 
O número de bebidas era extremamente limitado. Desconhecia-se o café. chá, chocolate e a cerveja. À base do vinho e água se matava a sede ou se acompanhavam os alimentos. Bebia-se vinho não só ao natural mas também cozido e temperado com água.



Modo de Vida ( crianças e mulheres )

Crianças: 
Três entre quatro crianças de família nobre passavam seus primeiros meses longe de casa, na maioria dos casos com a ama-de-leite. Mais da metade delas não voltava para casa antes de 18 meses, isso se sobrevivessem. Já no campo, o abandono de bebês era muito frequente. Além disso, a prática do infanticídio (por sufocação) não era vista como um fenômeno excepcional.
As meninas ficavam noivas na infância e contraíam núpcias aos 15 anos.
Os meninos aos 7 anos eram oferecidos à cavalaria.

Mulheres:



À mulher cabia as responsabilidades domésticas, exceto no caso de camponeses e classes mais baixas, que deveriam acompanhar seu marido no trabalho feudal. Na época, a mulher era vista como um ser que foi feito para obedecer. Não era bom que uma mulher soubesse ler e escrever, a não ser que entrasse para a vida religiosa. Uma moça deveria, isso sim, saber fiar e bordar. Se fosse pobre, teria necessidade do trabalho pra sobreviver. Se fosse rica, ainda assim deveria conhecer o trabalho para administrar e supervisionar o serviço de seus domésticos e dependentes.






Economia Medieval


A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.

Religião na Idade Média


Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.

Sociedade Medieval


A sociedade era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidades (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).


Política


Prevaleceu na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todo os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).


Vida Familiar

O homem era o chefe da família, o proprietário de sua mulher e filhos, como se estes fossem um bem que lhe pertencia pessoalmente, e sobre os quais ele tinha poderes mais ou menos ilimitados. Sua mulher e seus filhos lhe eram inteiramente submissos e guardavam um estado de eterna menoridade. Enquanto estivesse vivo, até mesmo seus netos e bisnetos lhe deviam obediência direta, mais que a seus próprios pais.
A vida da esposa se restringia aos filhos, ao trato com a casa e ao culto à Deus e santos.


Cavalaria


Desde os 7 anos, candidatos a cavaleiro aprendiam a ler e escrever – privilégio para poucos na Europa dos séculos X a XIV –, a se portar social e religiosamente, a cavalgar e a batalhar.
Só aos 21 anos, porém, eram aprovados ou não como cavaleiros. Geralmente vindos de famílias nobres, com tradição na cavalaria, os jovens treinavam pesado, mas tinham várias regalias em relação aos camponeses: eram bem alimentados, viviam nos castelos e tinham direito a comprar terrenos e a contratar soldados para defendê-los.
Juntamente com os privilégios, vinham importantes responsabilidades: para com os cristãos (incluindo defender o companheiro de guerra e proteger os pobres e indefesos), para com Deus (considerado até mais importante do que o senhor feudal que o sustentava) e para com as mulheres (o culto à Virgem Maria ganhava força na época, e as damas passaram a ser vistas como donzelas puras e dignas de receber toda cortesia).
 O indicado pela família aos 7 anos, passava a viver dentro do castelo. Lá, aprendia com monges a catequese e rudimentos de escrita, treinava corrida e montaria e duelava com armas de madeira. Aos 14 anos, começava a ajudar o cavaleiro em tarefas como vestir a armadura e zelar pela segurança familiar. Nas batalhas, carregava as armas e socorria o cavaleiro se preciso. Aos 21 anos, o aprendiz que participou de várias batalhas, realizando feitos heroicos, recebia o título em uma cerimônia real. Se sobrevivesse a batalhas e se aposentasse, virava treinador.

“IDADE DAS TREVAS?”




 Quando se fala em idade média, logo vem a mente perseguição religiosa,pessoas torturadas, cavaleiros, reis poderosos e a igreja no controle da vida das pessoas.

Mas além de coisas desagradáveis, houve outros fatos que foram de importância para a história e que ocorreram na idade média. Por exemplo: o avanço do cristianismo como força unificadora da Europa; o desenvolvimento das línguas e literatura européia; a criação de universidades, igrejas, arte gótica e entre muitos outros.

Durante o reinado dos merovíngios, não havia tantos locais para instrução escolar, a não ser as escolas episcopais, mantidas pelos bispos com o objetivo de garantir a continuação de novos clérigos,e os mosteiros , locais onde os monges se dedicavam , entre outras coisas , a copiar manuscritos antigos. Com isso a igreja  conseguiu deter boa parte do conhecimento durante a idade média. Porque o clero era a elite intelectual e suas escolas eram fontes exclusivas do saber na Europa Ocidental.

A grande influência da igreja sobre a cultura e o pensamento das pessoas teve bases sólidas e materiais; ao longo dos séculos, a igreja se organizou politicamente e territorialmente, pois tinha muitos feudos, além de ter prestígio com a classe dominante,( reis e nobres). Logo a cultura medieval passou a se espelhar o pensamento da igreja, isso passou a ser conhecido como teocentrismo cultural, ou seja, o mundo era subordinado as leis de Deus.

A igreja  ainda passou, por meio de suas ordens a direcionar a produção cultural, mas as cidades começaram a se desenvolver e tornaram-se centros de novos valores culturais e assim foi saindo aos pouco dos dogmas da igreja.